O secretário estadual da Habitação, Rodrigo Garcia, lançou nesta terça-feira (22/8) o livro “CDHU 50 anos”, durante a abertura do 64º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, da ABC - Associação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos de Habitação, no Novotel Jaraguá, na Capital. O livro conta a história da CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo.
Com mais de 521 mil moradias construídas para famílias de baixa renda em suas cinco décadas de atuação, a CDHU é a maior companhia habitacional do Brasil. “A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano é um exemplo para todo o Brasil. Este é um livro que conta principalmente as inovações que a CDHU implantou na área da habitação de interesse social”, disse o secretário Rodrigo Garcia.
A CDHU surgiu inicialmente como Caixa Estadual de Casas para o Povo (CECAP), em 1964. Desde então, a empresa estadual elaborou e amadureceu diversas técnicas e metodologias de trabalho ao longo de suas cinco décadas. Ela desenvolveu técnicas para a racionalização do uso de materiais, eficiência energética, economia de água e outros itens imprescindíveis na produção atual de habitações de interesse social.
“A CDHU soube se reinventar em tempos difíceis. Isso aconteceu inicialmente com a falência do BNH (Banco Nacional de Habitação), para construir unidades habitacionais em São Paulo e continua se reinventando”, afirmou Marcos Penido, secretário de Serviços e Obras da cidade de São Paulo, que é também funcionário de carreira da CDHU e ex-presidente da empresa.
A Companhia é referência nacional e internacional na produção de unidades de interesse social, com diversas premiações. As mais recentes são o Selo Mérito 2017, que será entregue na quinta-feira (24/8) também durante o Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, e o Prêmio Lúcio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação, concedido pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, da Câmara dos Deputados.
Muito mais que uma casa, a CDHU realiza obras de urbanização, com implantação de infraestrutura urbana, que, além garantir uma melhor qualidade de vida para as pessoas, contribui também com a requalificação urbana e recuperação ambiental de bairros e municípios. Também oferece projetos sociais que atuam antes e depois da ocupação do prédio, com palestras sobre convivência e oficinas de gestão condominial e atividades socioeducativas.
Tecnologia
Da entrega do primeiro conjunto de 20 casas no município de Paulo de Faria para famílias vitimadas pela doença de Chagas até hoje, a construção de moradias foi uma constante evolução. O atual padrão traz uma série de melhorias para tornar a moradia mais confortável e segura, proporcionando maior bem-estar a seus mutuários. As unidades habitacionais também são projetadas com tecnologias que economizam água e energia elétrica.
O aquecedor solar para a água do chuveiro, que, além de minimizar impactos ambientais, reduz em até 30% a conta do consumo de energia elétrica. Também são utilizados equipamentos redutores de consumo de água, como bacias sanitárias com volume de descarga menor e torneiras com arejadores que diminuem o fluxo de água.
As moradias possuem ainda pé-direito alto, com 2,60 metros, que permite aproveitar a ventilação e a iluminação natural. Todo o interior das casas possui laje e a área de serviço é coberta. O telhado tem estrutura metálica. O acabamento é feito com piso cerâmico em todos os ambientes e tem azulejo até o teto nas áreas molhadas.
A casa é projetada com conceitos de acessibilidade do Desenho Universal, que permite a circulação de moradores com deficiência ou mobilidade física temporária ou permanente por todo o imóvel. Isso também beneficia pessoas obesas ou com mobilidade reduzida, como idosos, gestantes e crianças. Os cômodos têm espaço para girar cadeiras de roda, corredores largos, janelas em altura que permitam visão externa, vãos de 90 cm, portas com 80 cm de largura, banheiros acessíveis e não há degrau no imóvel.
O evento também contou com a presença do presidente interino da CDHU, Carlos Alberto Fachini, do ex-secretário da Habitação, Adriano Branco, e de Luiz Antônio Carvalho Pacheco, Lair Krähenbühl e Antônio Carlos do Amaral, que também já presidiram a empresa. Estava presente também Fernando Chucre, secretário de Habitação da cidade de São Paulo.